sábado, 26 de dezembro de 2009

Parcour

Temporariamente inativo.



...ou não.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Hit the coldbeat


Mais uma noite mal dormida, não recordo-me de sonhos ou pesadelos. Apenas, do frio me acordando durante a noite, fazendo-me pensar. Pensar e pensar.

A noite virou um quadro.

Sonoridade perfeita, cores e cores, sentindo o gosto do dia.
Dia gélido, porém nostálgico. Clima que apresenta-se, dando um bom dia com gotas de chuva. Deveria ficar irritado, porém, não é uma solução. Só problema.

Deveria achar uma saída, sim.
E achei.

O dia pretende correr, e eu pretendo me adequar.
Sem pássaros, apenas o som da chuva batendo na janela, a claridade invadindo meu quarto, e eu pensando em soluções alternativas. Havia dito que, todo problema tem solução, senão, não chamar-se-ia problema.
Problemas transformam. Transformam-se, e transformam-os.
Soluções, e experiência.

Nesse caso, subentendo "experiência", por "armadura", "anticorpo", "proteção". Aquilo que já te enganou, transforma-se em "inofensivo". Aquele que era incômodo, e de difícil manejo, torna-se "útil".
Quanto mais experiente, mais formosa e consistente é a tal "armadura".
O doce, pode vir a ser uma arma. E o amargo, um escudo.

Já dizia Georges Hébert: “Être et durer”

Awoke


Novos tempos, dias frios com notícias boas. Nada intrigante.

Nesses dias, caminhando em standby, não parava para momentos de reflexão. Sempre buscando a perfeição, sempre correndo atrás daquilo que me apetecia, de aspirações... mas não parei, nem pensei.
Me sentia grande, e isso, só me garantia mais passos. Não queria medir conquistas; queria, apenas, acumulá-las.

Por fim, tive que parar. O dia não colaborava, o tempo fechou, e fui obrigado a "me olhar".
Já vinham tempos em que me sentia pequeno, novamente. Ínfimo, perante meu ego.
Tormentas em minha mente, trovejando idéias. Equilibrando, e pesando. O ruim, e o bom.

"O bom de ser ruim, é que não te cobram pelas tuas críticas e pelo teu realismo exacerbado, e te glorificam em teus momentos de boas ações e pelas tuas conquistas."

Aquilo martelava e dilacerava. Isso, realmente, afundava.
Eu, não era eu. O olhar perturbado, sempre presente. Mas os pequenos, mais fracos, queriam estar ao meu lado. E eu permiti.

"Experiência de convivência. Nada demais. Você não está mais fraco. Eles querem a tua força, por isso te seguem."

O que realmente importa? Você está em dor, limitado, e ainda se esforça.
Pra quê? Por que? Seu objetivo perdeu o foco. Você se perde em sonhos, e desdenha daquilo que pode alcançar.

"Não. Meu desejo, é meu desejo. Meu objetivo é realista. Meu sonho é real, meus olhos se abrem, meu corpo se expande, e aquele realmente sou eu. Eu faço. Eu posso.
Almejo, e fadigo minhas pernas até o ponto que chamam de "final". E ainda é pouco."


E, por fim, aqueles que amo, podem fazer parte (completamente) de meu corpo e alma, ou desistirem de correr. O tempo machuca-os. E a dor deles, remete. Remete àquele que corre por um objetivo incerto. Mas, objetivo aquele, que faz meu desejo aumentar.

"Você escolhe. A sorte é esporádica."

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Slept


Hoje, a muralha que me mantém mentalmente saudável e capaz, deu uma pequena fraquejada.
Não que eu vá agir feito limítrofe, longe disso... contudo, sinto-me incapaz de muitas coisas. E não é ineficiência.

Tenho o brinquedo, mas não quero brincar.

Parece uma falta de prazer. Tudo que faço, não me supre. O que almejo, e alcanço, não me deixa extasiado, eufórico. Me sinto realizado, mas é só. Sem comemorações, sem necessidades de contar ás pessoas mais próximas.
Sabe quando a vida perde o gosto? Quando você compra um sorvete pensando no sabor, mas quando você degusta, aquele sabor já não é mais... "aquele sabor"?

Minhas necessidades estão ali, e na tentativa desesperada de mantê-las supridas, acabo me sentido inapropriado, com reações erradas.

Não consigo ficar alegre. É isso... mas também, não é isso.
Consigo rir, consigo agir, coagir, e reagir. Só não tenho vontade.
Mas também, eu quero.

É estranho. Um porre, pra falar a verdade.
Parece que falta algo. Um vazio.
Música, é o único elemento que vem suprindo o vazio. Com suas melodias saborosas, e letras mornas.

Eu tenho feito muitas coisas... mas acho que ficar ocupado demais, me fez almejar topos e penhascos. Eu ainda quero atingir muitos objetivos. Mas, essas sensações de ultimamente, têm transformado os sonhos em realismo.

Quando faltam ações, sinto-me triste. Quando sobra, não consigo cumpri-las... simples assim.

Sinto falta de algumas pessoas. Quando consigo ter contato com as mesmas, não tenho o que falar. Não tenho o que fazer. Não sei o que dizer, nem expressar. Não estou feliz, mas não estou deprimido.

Me sinto fraco, incapaz.
É até engraçado eu usar essas definições para um estado de espírito. Eu, que aguento dores sem pestanejar, auto declarando-me "fraco".
Mas, sim. É o que sinto. Um fraco.
Muitos choram de dor, outros, urram de dor. Não me encaixo. Eu sinto, absorvo, transformo, e manipulo.
A dor, vira uma carapaça, um anticorpo, uma cura, uma armadura. Dói, mas some. Cicatrizes fazem parte. Uma cicatriz, só é uma cicatriz, se a batalha for minimamente intensa. Caso contrário, é só um arranhão. Um machucado bobo. Um tropeço.

Não sei como concluir, sinceramente.. já que nem sei o que se passa.
Só tenho os sintomas, mas não a doença.
Curar sintoma por sintoma, é simples, mas entediante...

...vou tornar tudo mais intenso.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Why the flips die every day?

Ah... a beleza de um salto mortal. Variações incríveis, esteticamente agradáveis.
Mas, qual seria o objetivo, senão agradar um espectador?
Sim! Pois, o "girador" não vê o movimento, ele apenas o executa. Não vê, não aprecia, e em questão de segundos, está na posição inicial.
"Qual o propósito?" - me perguntei.
Fiquei pensando. O que faz as pessoas executarem esse tipo de movimentação, sendo que aquilo não lhes agrada "visualmente", quando executado pelos próprios?

A resposta, é simples.
Você não precisa "ver". Você "sente" o giro. Você É o salto.
Pode ser bonito, mas o prazer está em ter sucesso no salto, e executar o giro com perfeição.

Funciona como um/uma incentivo/metáfora pessoal.
Seja você, sinta seu próprio giro. Faça para você.
Prefiro sentir meu sucesso, ao assistir o dos outros. ;)

sábado, 6 de junho de 2009

They

Simples. Influências que só tiveram a adicionar.

Por causa daquela junção, transformei sofrimento em risos.
Por causa delas, descobri Incubus, The Doors, The Cure, The Smiths, Avenged Sevenfold, e muitas outras, que em todas as vezes que ouço, tenho momentos nostálgicos.
Um me ajudou muito, e posso chamar de melhor amigo.
Outro, me ajudava nos momentos de batalha... lado a lado, e sangue jorrando.

De novo, elas me ajudaram. Muito.
Momentos de fuga, para lutar em outro dia.
Bebíamos e ríamos. E quando tudo estava bem na tempestade, uma nevasca surgiu.
Levou aquilo que supria meus momentos de falha, de solidão, de tristeza... assolava sonhos, fazia pesadelos arderem em minh'alma.
Afastei-os, assustei-as.

Tudo tão remoto... e eu sentia o mundo tremer, a Terra girar, e o vento gélido suspirar dolorosamente.
Tentavam se reaproximar, e eu só queria chegar em minha paz. A minha.
A quente, silenciosa, e harmônica paz.
Não a do momento, nem de hoje, nem de amanhã... mas a minha.
Era tudo, e talvez fosse pouco, em relação aos meus.

A tempestade se foi, e muitos, foram com ela.
Redescobri valores, criei novos valores.

Hoje, sou uma junção dos monstros do passado com os prazeres do presente.
Muito do que adquiri, só refinou a personalidade pútrida/sagaz.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Acid on grass


All meaningless things
Nothing is nothing ...
But for all human beings
it means something.

Each time someone says:
"I care because you care"
In fact, really: "Hey!Have a nice day!"
"I don't care."

A smile on the face,
Always looking forward
but glory confused with a radius
that blinds... so hard.

Ambient sounds,
the world is so great
"This is wrong, mate"
Maybe. Still out of bounds.

Like oil,
like water,
I'm made of ego.
We cannot mix.

Too hot in the heat..
so calm, every heartbeat
Lots of uses, combinations
sometimes, so hard to use.

Say nothing.
Just leave.
Slowly, that's killing.
Sorry to say. You failed.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Windmill


Nunca paramos de prosseguir. Me dei conta disso.
Parecia tempo perdido, e eu ficava olhando pra trás, me perguntando o que poderia ter aproveitado em milésimos. Parecia que o arrependimento tornara-se compreensão.

E era verdade. Eu não perdi nada. Todos pensamentos eram postos numa balança chamada "possibilidade", e quanto mais ação, mais pensamentos eram pesados ali.
No fim, os que sobravam, eram jogados fora, e os que faltavam, tornavam-se arrependimento.
Viver de ação é engraçado, e ao mesmo tempo, arriscado. Impeto de loucura. Impulsos sem controle.
Mas, tem sempre um que bate a cabeça, e ri. Ri da desgraça por desafiá-la, ou por ser um completo idiota.
Sobram ações, faltam idéias.
E tem, também, os pobres de ação. Almejam as idéias que vivem fervilhando... mas falta-lhes força.

Nós preferimos o novo rumo. Um caminho com pedras grandes, do que as milhares pequenas.
Uma coisa, é um desafio superado; outra, é uma das milhares pequenas coisas irritantes, dentro do teu sapato.
Aqui, gostamos dos desafios intrigantes, do que dói só pelo esforço, do que cicatriza no final, e com aparência de velho sofrimento, é apenas um troféu.

São histórias. Não para serem contadas, mas para serem relembradas. E nunca repetidas, afinal, um desafio que já foi vencido, não será um desafio.
Histórias, que não contam com finais felizes.
Histórias, onde dor e desespero predominam, com uma pitada de felicidade.
Histórias de conquista, não de fadas.
Histórias, onde somente se aprende.

Nunca parei. Nunca paramos.
O livro permanece sendo escrito enquanto páginas são viradas.
Sem títulos, ou figuras. Sem rascunho, tudo improvisado.

E o fim... ainda está longe.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

The Glass

E o dia começa com a lembrança da glória perdida, e da mais nova derrota.
Foram seguidas... nem tive tempo de criar um ponto de partida, e o tempo já era meu inimigo. Eu não queria incomodar ninguém, e acabei perdendo uma batalha que eu nem sabia da existência.

Pra começar, pro pavio daquela situação, eu não fui pivô. Mas acabei pagando.
O surdo, cego e burro, me pune. O culpado me pune. Crio novas dívidas, e uma dor de cabeça.

Se nada sair como ocorrido, mesmo depois de uma maré de vitórias, se nada for muito á mim... se nada for meu ponto de chegada, esvair-me-ei.

Para um nada, prefiro que todo o nada, seja meu. Pouco a pouco.

Um tombo...

domingo, 26 de abril de 2009

They Guesstimate

Tired, almost dead, but something makes me being there, makes me want to be there... standing on my last days on Earth. Living and laughing.
Nothing, can be all, if you have something that makes you miserable.
Excessive happiness, equal to alienation.

Blindness... little by little.
Can see everything like it really is. Reality hurts, but pain makes me more strong... makes me feel alive.


Maybe they don't want you. You can spend your entire life, living from hope, and seeing all the colors.
But you never saw the universe, never heard a word about realism, and never tasted the flavor of being unique.

She knows your every weakness, all your worst fears and pain. Your love and your hate. The irrelevant, and the reason.
But, after all, she cares for you. Scars, scratches and burns. And explains: "All the lessons ... learn from them and never repeat the failures, idiot."

I have my freedom.
Body and mind ... throughout my life.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Scars


Houve uma trajetória. Finalmente consegui ver. E crer.
Perguntas, conclusões, erros, acertos... tão simples, tão relativo. Um novo ser.

Eu fui torturado, massacrado, e aquilo parecia não ter fim.
O sol brilhava menos pra mim. A dor era tanta, que não dava pra ter medo, e nem entristecer.

E não havia compreensão. E talvez nem haja. Todos adoram julgar. Adoram "medir" dor.

Parecia que eu estava escalando, com pesos nas costas. Pesos os quais eu não conseguia tirar, e que consumiam minha energias facilmente, com o intuito de me derrubar.
Mas, não. Absorvia até minha última gota vital, mas ainda tinha disposição pra aguentar a dor, e persistir na escalada.
E aquela dor, tornou-se força. A força, tornou-se sabedoria.

Pequenos momentos de glória, vários momentos esquecidos/de esquecimento, muitos pontos onde descobri fraquezas, assim, superando-as.

Perdi muitas coisas. Isolei-me em uma ilha mental. Tentei ser extremista socialmente.
Experimentei prazeres que, no fim, trouxeram dor, ou não significaram nada.
Perdi pessoas, e talvez ainda esteja perdendo-as.

Pois, agora vejo.
Vejo minha trajetória, como uma dinamite.
Faz-se um longo caminho de álcool, até a ponta do pavio. Nesse caminho, há vento, há chuva, há pseudo-justiceiros, fazendo de tudo para o fogo ser apagado.
O fogo acende o pavio, que também é longo. Um longo caminho traçado em direção a dinamite, pronta para explodir.
As chances de falhar, são tão grandes, quanto o estrago que a bomba fará...

Escrevo isso, não porquê eu me importe.
Mas, pra lembrar de detalhes que eu sempre deixo passar.
Rever erros, lembrar de situações, comemorar glórias, me ver num espelho, para nunca... nunca repetir os mesmos erros.

Perto de chegar ao pavio, não posso falhar.
Recomeçar, não faz parte de meus planos.


Não faz sentido...

domingo, 19 de abril de 2009

Monstro na Garrafa


Ataques súbitos de ira, e mau humor.
Do nada, coisas e pessoas tornam-se irritantes. Vozes são como agulhadas no tímpano... irrelevantes, prolixos, retóricos, estúpidos, inconvenientes.
Música boa, torna-se repetitiva, e não há nada de novo que seja agradável. Os bem espertos, tornam-se bem idiotas.
Pouco contato, quero ficar aqui procurando o nada, sem que fiquem importunando-me.
Que eu cometa os atos mais idiotas, que eu comprometa minha saúde física e mental... mas, pelo menos, não ficarei me perguntando "e se", pois aquele ato, foi cometido sem qualquer limitação. Arrependimento consciente.

Eu cansei. Sei que é momentâneo, mas controlar os fatos, só vai tornar aquilo "tratável". Vou esticar esse estado de espírito por dias, meses, anos, até tornar-se parte de minha personalidade, reforçando o "intragável" presente na fala e na linha de raciocínio... e, particularmente, não é o que eu quero, por mais que seja divertido.

Posso culpar as pessoas, a nostalgia, qualquer coisa... mas estarei mentindo.
Posso dizer que estou ótimo. Que "isso", sou eu... mas seria estupidez.
Posso - até - falar que isso é uma qualidade nova... não deixaria de ser verdade, mas não é minha vontade.

Dias e dias ficarei num estado de "solitude mental", e enquanto as questões apenas perturbarem minha mente, continuarei desgastando toda minha energia física (como compensação), até que isso chegue a um resultado conciso, com uma explicação coesa, e relevante. Afinal, paciência tem limite.

Divertir-me-ei com as novidades, enquanto elas durarem.

terça-feira, 14 de abril de 2009

We Sell Freedom


Já havia falado sobre liberdade em outros posts, e andei imaginando como seria essa “liberdade”, tanto mental, quanto física, desenhada, animada, real, em cores, ao vivo.

Por um lado, parece extremamente difícil. Eu consigo “sentir” essa liberdade, consigo percebê-la, consigo tentar demonstrá-la... mas explicar, mais parece estar outra língua. Em um desenho, a liberdade acaba no papel, pois algo está preso ali. Essa liberdade, não tem fronteira, não tem barreira, não tem limite, não tem corrente, nem papel que a prenda. Seu corpo supera, e quando surge o limite DELE, ele é respeitado. Sua mente não demonstra medo diante do que seria arriscado, pois ela sabe que aquele desafio, já foi superado anteriormente. Junte os dois, e o produto é um movimento que julgam “arriscado”, sem medo, com precisão, com sucesso.
Parece estranho, parece simples. E é... só é difícil de explicar. Você tem de senti-la, respirá-la, e fazer seu corpo e mente, tornarem-se parte dela.
Uma vez que você vive parte daquele momento, você quer mais. Vicia. Dói. Mas vale a pena.

Você tem algo a mais que eles, você não se gaba daquilo só porque convém. Te dá um prazer imenso, que dá mais sentido ao “natural”.
A mente, é a coisa mais fácil de ser libertada. Uma válvula de escape.
Para outros, o corpo é mais simples, se você tiver a mente vazia.
Mas, esse não é intuito. Tenha amor próprio o bastante para não ter medo, tenha força o bastante para enfrentar velhos medos. Um trauma não é algo de que alguém deva se orgulhar,contudo, uma lição vale muito. Quando um fardo pesa mais, o mais leve torna-se incômodo na hora de carregar. Se não há equilíbrio, você tende a parar no meio do caminho.
Não seja idiota de cometer o mesmo erro, seja inteligente a ponto de sentar e descansar.

Um homem não é covarde, por fugir para lutar outro dia. Desisto hoje, volto amanhã, obrigado.

Aonde quero chegar é que, se você tenta algo que aparenta ser possível, se você consegue imaginar possibilidades ali, aquilo não é impossível. Treine, lute, esforce-se, pergunte, responda... tente outra vez.
Às vezes, nossas respostas surgem de pequenas coisas que julgamos estúpidas, sem sentido, e irrelevantes. E aquelas respostas são tão valiosas, que criam outros pontos de vista, outras perguntas, outros desafios... você passa a nunca desistir. A liberdade está sempre presente.

É difícil, esclarecedor, ou prolixo.

Novo Ritmo


O círculo de cores quentes.
No núcleo, ostentava a alegria;
Começar de novo, vidas contentes
Fuga de uma vida triste e fria.

O novo, o alegre, o liberto.
Mesmo nos dias trevosos, e talvez
Talvez, a vida fosse um livro aberto:
Liam versos, aguardando sua vez.


Fácil, feito manhã de domingo;
Tiravam na sorte,
A vida parecia um bingo:
“Cem na vida, zero na morte”.

Nada era desperdiçado,
Nem descanso, nem ações,
A vida era um fogo atiçado:
Queimava tudo, dali, vivendo lições.

Sempre atento
Ante ao desalento,
Viva cada momento...
Aos velhos: só lamento.

Viva alma,
Liberto, o pensamento.
Passa o tempo a cada palma.
Tão rápido, um flash, o momento.

Vidas
Tidas.
Muros
E Burros.

Lil'shadow


Tempo, sensações, palavras... confusão exacerbada.
Nada estava no lugar; o karma numa oscilação gritante, e as pessoas certas, nos lugares errados. Soou estranho.

No que parecia uma passageira maré de azar, surgem algumas excelentes surpresas, o que faz com que o “alinhamento” destes tempos, tornem-se confusos. Entenda “dia neutro”, por “um dia vago”. Evite dias bestialmente ruins, pois resultam num mau humor atroz. Aproveite dias semi-perfeitos... suas histórias boas, virão deles.
Explicado, não sei como posso chamar esses “tempos” (adequadamente, digo que são “tempos”, pois, a qualificação dos “dias” servem para... dias! Ex: “segunda boa, terça ruim, quarta neutra”. Já os “tempos”, adequar-se-ão á: “semana horrível, mês péssimo, ano bom”) numa definição “direta”. Parece algo idiota, e sem sentido. Pra que “classificar” dias e “tempos”? Simples... quando se está em uma maré de azar, você não espera nada, a fim de não se decepcionar. Em dias bons, nem chuva será desagradável, pois você estará na companhia de pessoas legais, ou num calor insuportável.

Mas, qual é a reação esperada, quando algo que inspira uma alegria inestimável, ocorre num dia de trevas? Ficar feliz, até tomar um baque? Ter receio, enquanto a sorte lhe traz oportunidades infinitas? Vale a pena arriscar?
Esperar pode até ser uma opção válida, contudo, estúpida.
E quanto a cometas que caem em dias de glória? O que fazer?
Algumas pessoas vêem esse ceticismo (barato, infelizmente) como um pecado. Os sem ímpeto, julgam os racionais. E eles conseguem lidar com esses dias instáveis. De um modo bem esdrúxulo, mas conseguem. Tomam baque atrás de baque, perda atrás de perda. Até parece masoquismo.

E sabe o que é engraçado? Eles não tiram lições, e sempre batem contra a barreira de aço. Se não fosse algo tão idiota, eu chamaria de instinto. Instintos animais, costumam dar certo, ter um “plano” embutido... diferente dos não-impetuosos.
Quiçá, por mais que as vezes a vida não tenha sentido, a parte mais divertida é essa. Trabalhar faz sentido, estudar faz sentido... sem graça, entediante.
“Por que se divertir? Pra ficar alegre. Alegre, posso trabalhar, estudar, e fazer todas as coisas que não fazem sentido.”

Não faz sentido. Por isso é divertido.

Enfim, posso concluir que esses “tempos” são um aprendizado infinito. Dalí, tiram-se lições de valia inestimável. Mesmo que sejam pequenas sombras no tempo.
Afinal... aquele que lida com cometas e outras catástrofes, mas não consegue evitar que o próprio planeta seja afetado pelos mesmos, é um estúpido.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vida Atlanta


Contagem dos últimos dias,
nos lugares mais escuros da Terra...
Sol de sexta, fogo de despedida.
... o calor me erra.

Uma queda...
O dia nascia.
Caindo, fugindo, correndo;
Via o branco e o azul.

As veias de um arco-iris;
momento de claridade.
Lágrimas de um olho cego,
chovem sobre o ego.

Cada fio de cabelo,
cinzento, branco, castanho;
era uma gota de chuva
num solo sem esperança.

Mentiras, eram balas de goma.
Dias felizes, raros e desaproveitáveis.
Tudo aquilo, se doma... se soma.
Vida repleta de pessoas desagradáveis.

Quando nada faz sentido,
um fio de luz, som no vácuo,
cria aquele caminho, que parecia perdido.
O perigoso, tornou-se inócuo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sol Lunar


E um Vale perdido,
a esmo, enlouquecido
parecia vencido, sem sentido.
Só, sem medo, dia sofrido.

Um dia, uma noite,
a vida era um coice.
Remetendo à morte,
empunhando tua foice.

Um vácuo com som,
linhas paralelas se encontrando.
O mau, sendo bom.
O que saía fora, foi entrando dentro.

Curado, descansado,
mergulhando na vida.
Nesses velhos dias, não fico parado...
Agora, a vida parece engrandecida.

Sabor de café, cheiro da manhã
peito cansado, coração batendo.
suor de alegria, tarde nostálgica...
Boa noite.

Espírito Sereno

A vida tomando um novo rumo. Marés de azar cada vez mais curtas, e novas oportunidades surgindo.
Eu achava que a pressa me faria bem. Correr atrás, desgastar minhas pernas, fatigar o corpo, e usar o oxigênio ao limite. Em partes, digo que funcionou... mas parece que naqueles objetivos mais simples, nos quais eu caminhei lentamente e, pacientemente, aguardei pelo momento, os efeitos foram maiores.

É como colher frutos aos poucos. Eles não estarão tão maduros, e você deverá colher um a um, até crescer mais. Isso, representa a pressa.
Agora, se você aguardar até a época certa da colheita, você colherá muitos frutos. Dos doces, e maduros.

Aqueles tempos que eu desacreditava em mim, e um vazio corria por meu corpo, fazendo com que o sangue atroz e veloz de minhas veias, se tornasse espesso e lento.
E, tomado pela desventura, e pelo desalento, minha vida andava... mas em passos tortos, e sem direção certa. Preguiça de decidir um rumo. Preguiça de se comprometer. Fútil.

Tudo desandou.

Mas, enfim, aquilo esvaiu-se como fumaça ao vento. A água turva, tornava-se potável.
Insípida, inodora, incolor.
O "sujo" havia sido filtrado. Eu poderia decidir meu rumo. Completamente limpo.
Foi o que fiz. Sem esperança, mas eu tinha a vontade ao meu lado.
E rendeu. Me comprometi. Tornei-me outra pessoa.

Dia a dia, eu estava cada vez melhor.
Desânimo? Estar lá me animava. Eu sou obrigado a estar animado... senão, perco minha liberdade.

Olhe para frente, para cima, para os lados... enquanto estiver parado, raramente olhe para baixo.

A paisagem está a sua frente.

12 minutes

Tempos, em que o nada dominava, e "tudo" era pouco.
O excesso, feria; a escassez, era sinal de alegria.

Contaminava a todos... estavam satisfeitos.
Homem por homem. Todos eram eleitos. Todos podiam. Todos, eram iguais.
Talvez, se não fosse por essas semelhanças, viveriam na individualidade. E quando morressem, morreriam solitários.

Por um lado, ou o mau prevaleceria, ou tornava-se neutro.
E aconteceu. A individualidade surgiu.

Acordar cedo, cumprir tarefas, ser obrigado a dormir e comer.
Aquilo importava? Pra ele? Pros outros?
Não.

Quem se importava, ficava preocupado, não dormia por sentir culpa. Morria mais cedo... por outro.
Perder-se-ia num oceano de mentiras, e dor. Viveria a mercê de uma obrigação, que era um direito.

Então... pergunto: "Por que se preocupar? Pra que importar-se?".
Nenhum deles responderia, embora todos discordassem.

Eu até entendo. A vida é um triângulo isóscele.
A maioria, é igual. Somente um lado, é diferente... contudo, não é errado. Pode complicar a vida, pois, o fato dele ser diferente, torna-o mais complicado. Mais complexo ao ver dos comuns. Portanto, ele é simples.

Só que, a vida não é um cálculo. Alguns, não tem fim. E eu, desacredito no conceito de "infinito".
A vida, tem fim. E o fim, não pode ser digno. Não se morre com dignidade... se VIVE com dignidade.
O fim da vida, é a morte. A partir dalí, não sabemos como será o começo, meio e fim... da morte.

O fácil de uns, é o complexo de outros.
Tudo é simples... contudo, tudo é relativo.

sábado, 21 de março de 2009

Blood Tear

Me senti perdido, por um momento.
O pânico invadia, não conseguia pensar. Meu corpo ainda movia-se, mas minha mente havia sido paralisada. Era como se minha alma tivesse parado ali, e meu corpo continuasse caminhando.

A música em meus ouvidos. Não, não conseguia escutar. Eram só chiados, ruídos...

"Eu não fiz aquilo" - uma parte refutava.
Tentava negar. Não era possível.
Cada vez mais, eu aceitava e lembrava. Cada vez mais, eu sentia uma dor invisível.
Tanto que tentei evitar, tanto que tentei amenizar. Fui pego de surpresa.

Por um dia, fui perturbado. O fim dele, fez com que a agonia esvaísse.
A dor, sumiu.

Voltei a mim, mas cometi um erro. O que me protegia, atacou-me.

Meu olhos mais abertos, minha confiança abalada novamente.


Seguindo, e pisando sobre os calos abertos...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Wind

Lack of time. Excusing, laughing, looking... no one, at nowhere.
Lost in words, lost in time, lost in myself.
Everything... too obsolete. Nothing.

Just with a shock, I realized. Dreams can't be true, and nightmares too.

Missing the breeze, running from my dreams and nightmares.
Someone, something... taking it from me.

Cold blood, cold mind. Missed that too.
Not totally, I recognize.

Freedom feeling... almost licking the perfection.

Alone... in time.
I'm free again.
Someone, or something will be subtracted from my life... but, some prizes will come.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Freedom without chains.

Everything makes me a prisoner.
Dreams, people, the air... even myself. Death is a cure, death is freedom.

But if we try to be free in Life? Be free for a moment... like happiness.
A free breath, freeing the air; a free fall, feeling the gravity, controlling our lives.
And say: "I can fall, but I can't die!". Believe that, free that.

A free walk with free time. Free movements, free words! Your mind and body are now free.
Free your feelings. Emotion and courage! Rage and hate! You can do anything. Your mind can.

Too high? Climb it!
Too deep? Fall in!
Fear isn't you ally. But you can free him.

Love can't control you anymore. Hate can't. You can control yourself.
Choose suffer? Love and hate are options. You can scream, loud and clear: "I want love!", and then, you will love.
Tired of love? You can sigh, slow and deeply: "I don't want it anymore!" and then... love will vanish.

You own yourself. That makes you not completely free.
"But... why?" - you ask.
While alive, your soul is stuck in your body. Chained in your body. Attached to him.

Don't think.
Be free while you can.
Free moves, free fresh air... a free run to a painful life/death.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Pudim de carne


"A volta à realidade." Soa tão engraçado... poderia iniciar esse pequeno texto, com essas palavras.
Mas, não. Soa estúpido quando meus olhos lêem isso, enquanto focados no realismo.

Sim, a vida é dura, chorar torna-se um detalhe, e suportar dores... uma obrigação. Até o imbecil mais alienado, já sofreu.
A diferença, é que, a auto-defesa de cada um é relativa.
Os tolos, mascaram sua dor com felicidade, enquanto os não-impetuosos caminham com uma expressão de indiferença. Sim, admito... é pessoal.
Ficar mostrando sua dor, é uma coisa, no mínimo, carente. Carente de afeição, de pena, e de pessoas a sua volta.

Não é decepção, não é mágoa, não é tristeza. Apenas, é um modo de lidar com todas as coisas/pessoas.
Você não espera nada delas; não há ilusão, não há decepção. Soa simples. E é... ao menos, funciona.

"Você deve ter tropeçado hoje, pra escrever sobre tais conclusões, já esclarecidas anteriormente."
Sim, e não só tropecei, como deixei um rastro de sangue na rua. Mas isso, não é nem a ponta do iceberg. E é irrelevante.
A dor não importa. Apenas me deixa intolerante, e intragável. Detalhes...

Não tenho carência, mas sim, um leve arrependimento.
Aprendi muitas coisas, e absorvi-as rapidamente. Contudo, arrependo-me de não ter me livrado de muitas coisas/pessoas que, de fato, não irão acrescentar mais nada em minha vida.
Dirão o óbvio - lamúrias, lamúrias - e tentarão me cruxificar, com algum tipo de tortura psicológica.

Não é a hora.
Não convém.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Consequência Pueril


Perdido num fio imaginário, invisível aos olhos céticos e pedantes.
Chamam de insanidade. Insanidade, consome-te feito ácido.

Mas, o que podia fazer?
Perdido... tudo cinza, incolor. Porém, o corte estava aberto e indolor.
Não sangrava, não ardia... perturbado, ainda sorria. Mesmo com a morte evidente.

Um sonhador realista, um realista otimista. Perguntavam se aquilo era possível, e muitos, por mais que não manifestassem, achavam aquilo horrível
O gosto da água turva, o odor de sofrimento, gritos e sussurros vindos da escuridão. E chamavam isso de "primeiro mundo"... de paraíso cosmopolitano.

Lutam... mas lutam contra quem? Ou contra o quê?
Sem propósito. Apenas uma aposta mesquinha e sem valor.
Roubar os miseráveis, e estrangular pobres diabos. Covardia? Não.
Todos eram homens, todos podiam lutar. E se pudessem, lutariam.
Um homem sensato, não acredita cegamente em altruísmo e filantropia. São partes das linhas da vida, contudo, linhas corrompidas.
Sujas, por um líquido escuro, e viscoso.

Muitos, vendiam esperança. Com razão.
O mundo é cinza, razão é cinza e a alegria, colorida. Um pingo de esperança, curava a "cegueira". Curava o realismo exacerbado, mas servia como uma overdose de sonhos... chamada "alienação".
Um homem não vive de sonhos, assim como, não ama a realidade. Ele morre estúpido.

A vida é um estupro. Você não clama por ela, mas ela entra em teu corpo, te domina e impele a ti, as vontades dela.
Mas, também, a vida é um aprendizado. Quem controla a vida, anda por aí, cheio de razão e dinheiro.

"Um problema tem solução. Se não houvesse resolução, não chamar-se-ia "problema". Neologismo? Talvez. Para alguns, "impossível"".

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fragments III

Palavras deferidas a um homem, que imaginava ter construído um império, e prendia teus soldados por amarras chamadas "medo". Eu, particularmente, soltei-me e atribui outro nome: respeito.
Ele, demolido por cada palavra, que fazia um som estálido, a cada golpe mental de peso intrínseco. Resolveu usar de seu trunfo: a força.

Aquilo, foi o primeiro passo para perder o poder sob as amarras... ao menos, sob as minhas.
O bastante para encará-lo com fúria e ódio, rancor e impiedade. A cada minuto, uma gota viscosa e ácida, escorria em meu peito levando todos aqueles sentimentos tão vazios e sem preço algum. Meu ego permanecia intacto, forte e selvagem, pronto para qualquer tipo de batalha sangrenta, que levasse um de nós, à morte. Meu desejo, era caminhar sorrateiramente, e apunhalá-lo de uma maneira que não o matasse, para que eu pudesse torturá-lo até morrer de dor, até a última gota de desespero. Morrer, da dor que me fez sentir, de uma dor perturbadora... da dor que rasgara meu peito, queimara minhas entranhas e deturpara minha vista.

Vingança, dívida, egoísmo... chame como quiser.
Marquei o erro, e nem me importo. Todos erram, poucos reconhecem, mas ninguém esquece.

Curei as feridas, desvencilhei-me de velhos costumes e amizades infrutíferas, que só me assolavam.

Frente, e conheceremos pessoas novas, rumos novos e conquistas novas...
Vamos!

domingo, 25 de janeiro de 2009

C'est La Vie


Todos mentirosos... até eu.
Não confio. Desconfio... até de mim.

Um salto, palavras, tudo relativo.
Homem certeiro, cantando palavras,
rimando tudo, por qualquer incentivo.

Ninguém botava fé... nem eu.
Um homem cego, sem planos.
Viu teu medo, e correu.

Fugia da vida, feito o diabo
quando vê a cruz.
Crente, dizia: "no fim do túnel, há luz!"

Entretia crianças e mentia aos velhos,
feitos nunca realizados, apenas um errante,
criando mais um causo, mais um instante.

Um dia, subitamente, desfaleceu.
Um velho homem, o socorreu.
Sem motivo, estava pálido.

Todos, perplexos, descobriram...
o mentiroso, era um nouveau riche.
Homens falsos, sorriram.

Assim que deixou o hospital,
recebido por uma multidão, foi.
Mas o mentiroso, apenas deu tchau,
e se mandou... se foi.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obstar o Obstáculo.


"Envolto em névoa esfumaçada, neste lugar remoto, perdido e lúgubre. Nada, além de meu próprio eco, e ruídos. Medo? Não. Este lugar é familiar. Nada há para se preocupar. Afinal, louco é aquele que te ataca em teu próprio território sem, ao menos, se preparar."

Um lugar novo, porém, antigo.
Sempre passava por ali nas idas, e nas minhas peregrinas voltas. Mas, nunca notei. Um obstáculo, que aos olhos, parece... simples. E na realidade, ele é.
Este é um daqueles momentos, em que, movido e tomado pelo desafio que me assola, resolvo aceitá-lo, e encará-lo, feito um homem. Sem regras, ou lutas... apenas passe-o, vença-o.
O limite, é meu corpo. Aquilo pode me ferir gravemente se eu errar; mas, se eu perseverar, e sobrepujar este desafio, me tornarei mais forte e confiante. Ainda mais.

"Um dia, alguém entrou ali. Explorou detalhadamente, e não encontrou nada que pudesse ser tomado, ou dito "de valor". Perguntou o que havia ali, e o que eu escondia. Aquilo era irrelevante. O tesouro não fica escondido, necessariamente, no baú.
Dentro deste mundo, há uma ilha; dentro desta ilha, há terra;
dentro desta terra, há um baú; dentro deste baú, há uma mensagem;
nesta mensagem, contém letras; o conteúdo destas letras, forma um segredo.
Irrelevante, porém, um segredo."


Talvez, eu o veja novamente, enquanto parto.
Mas, na volta, não me escapa.
Recuperando-me, ainda estou. Cicatrizes abertas, ferimentos que ainda dóem e sangram, e respiração fraca... quem se importa? É apenas dor. Dor, é opcional.
Meu objetivo, minha meta. Erro, ou vitória... tentarei.

"Milhões de formas, nenhuma preocupação.
De um homem que chamam "semcoração".
Um homem e teus poucos rostos.

É apenas uma máscara, enquanto ainda obsto."

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ódio!? Desculpa.


Não, não é um espirro super pra frentex. Irei explicar melhor, logo abaixo.

Andei reparando como o "ódio" pode servir feito desculpa. As vezes, a serventia (ainda falando sobre desculpas) é mais ampla do que o "amor".
Veja bem, no auge dos seus 10 anos, quando você não quer visitar aquele parente intragável, e diz:
_Não quero ir! Odeio esse panaca... se eu pudesse, explodiria a cabeça dele!

Tudo bem, você não diria isso... mas eu disse. E funcionou. Foi uma sexta feira calma (exceto pela surra que eu levei a noite) e não fui forçado a fazer uma visita involuntária.
Odiar isso, odiar aquilo, odiar tudo... sempre funciona como desculpa para adiar preocupações pendentes.
Já amar, é quase a mesma coisa... só que o inverso. Raramente funciona.

Voltando ao exemplo do parente intragável:
_Ah, mas eu amo a minha casa! Amo meu dever de casa atrasado, e amo minha televisão! Estou lendo um livro! Deixe-me ficar em casa!

Não daria tão certo. Aliás, sequer funcionou. Tive que fazer a visita, passei vergonha, passei raiva, e ainda apanhei no final do dia (dever de casa atrasado... onde eu estava com a cabeça? pff).
Um bônus do "ódio". Sim, "ódio" (entre aspas). Você não precisa odiar, apenas "represente" seu pseudo-repúdio, e tudo ficará certo. Nem tudo... mas a diversão está na parte do "sucesso na persuasão".

Pode ser aquele "ódio" sutil, quase
_Vamos na casa de fulano?
_Ah, tenho que fazer umas coisas antes, e odiaria chegar atrasado.
_Tudo bem, então.

Ou mais hostil:
_Vamos na casa de fulano?
_Ah, mas eu ODEIO esse imbecil!
_Tá bem, então.

Enfim, é algo, digamos... relativo. Varia pra cada momento, pessoa, e lugar.
Ah, e outro conselho: "odiar", não funciona contra discursos "pre-made".
Contra o atendente de telemarketing, contra o jovem pastor daquela igreja que abriu em frente a sua casa, contra o drogado que está te assaltando, e tampouco contra aquele seu amigo mala.

Oh, mas você puritano(a) e conservador(a), deve estar se perguntando:"Mas isso não é mentir?".
Mas é claro... que não. Você está apenas expressando sua vontade, de uma maneira bem exagerada. E, na atual sociedade, as pessoas só prestam atenção nos grandes feitos (sejam eles celestiais, ou BEM GROTESCOS). Quase não há surpresas.

Logo mais, defenestrar, transforma-se em um esporte. Tá aí um esporte que eu adoriaria acompanhar pela TV.
Vôlei? Copa do mundo? Fórmula 1? Pff.
O negócio, é ver os argentinos, chineses e etíopes, sendo arremessados por através das janelas de um edifício.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Dúvida Solar


É engraçado como muitas pessoas são carentes. Querem ouvir apenas o que lhes convém, e quando são contrariadas, fazem dramas e escarcéis desnecessários. Contudo, sequer pensam nos pensamentos dos outros.

Recordava-me, de uma época meio confusa/perturbada de minha vida. Época que poderia ter sido melhor aproveitada.
Minha ex-namorada, num daqueles momentos de drama, começou com perguntas chatas e irrelevantes.
Eu gostava dela. Quiçá, muito. Mas ela confundia meu "amor", com obrigação/satisfação própria.

_Lê, você me ama? - ela perguntou.
_Sim, muito. Sabe que não meço esforços quando você me pede as coisas.
_Mas, me ama mais do que tudo?
_Não.

A expressão dela mudou completamente. E ela perguntou:

_Como assim?
_Como assim, o quê?
_Você não gosta de mim?
_Gosto. Mas, meu amor próprio fala mais alto.
_Eu não sou importante?
_É. Eu protegeria-te, enquanto estivesse ao meu alcance. Porém, não morro por ninguém.
_Por quê?
_Porque a vida continua. Não basta eu te amar? Eu tenho que sofrer por você? Odeio isso. Pessoas não são objetos.

Ela caiu em prantos, ficou revoltada, mas entendeu meu ponto de vista. Não sou insensível, apenas, sincero.

Pode soar completamente egoísta, mas... se eu morro por alguém, quem irá dar continuidade a minha vida? Ninguém.
E a quem salvei? Um dia, a pessoa esquecer-se-á de que eu a salvei, e dará continuidade a sua própria vida.

Então, concluo; acima de tudo, eu sou o "protagonista" de minha vida. O protagonista, não pode morrer pelos coadjuvantes.
Os emocionais que me desculpem, sou um anti-herói.
Amar, é uma virtude. Não há exceções comigo. Amo incondicionalmente, se minha confiança for conquistada.
Mas não se iluda... a vida maltrata.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Confissão


Senti falta, quando notei que o certo, era eu.

Paradigmas e paradoxos, seguindo, lentamente,

Espremido, num estreito caminho... que era meu.

Tudo errado, tudo diferente, mas eu me sentia contente.

Não me encaixo, isso nunca me pertenceu,

Sem choro, e nem me apetece... não vejo motivos.

Grandes obras de meu ego, que em todas, venceu.

E mesmo que estivesse em paz, negava sorrisos.

Apenas dizia: "um dia ensolarado, que morreu".

Emudeço, ensurdeço, e nada vejo.

"Preciso de descanso, preciso refletir... Eu."

Fita-me, aborrecida, e me dá um beijo.

Entretanto...


Por menor que seja o caos, ele pode absorver tudo... e todos.
Um homem mais fraco, se atingido pelo caos, talvez sua vida nunca mais mude. Ou, ele morre (suicídio).
A pior parte, não é adivinhar quando o caos está chegando mas, sim, a parte em que ele começa a dominar sua vida. Tudo fica mais difícil. Aquele caminho livre, e de brisa fresca, torna-se um pântano sem indicações, repleto de uma gosma gelada e espessa, que chega até os joelhos.
Todos os rumos tem seus perigos, até o caminho da brisa fresca. Mas os piores, são os obstáculos deste pântano, pois, você nunca tem as armas necessárias. Você, precisa desenvolvê-las. E isso, leva tempo. Aliás, muito tempo.

Ninguém trilha um longo caminho, nu. Ninguém atravessa uma tempestade furiosa, com os olhos fechados.
Se deves lutar, ao menos, use tua mente e todas as tuas forças. Sem medo.
Não lute como se fosse perder, mesmo sabendo que irá perder. O importante, é ferir o inimigo, para que ele nunca se esqueça de quem o feriu.

Espere que o momento de paz não oscile tanto.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ação e resposta


Um sol invisível,
uma lua que cai.
Um mundo vazio,
amor que esvai.

Tudo cinza,
ninguém se importa.
Apenas parte
da Natureza morta.

Um mundo que recai,
todos iguais, desesperados
sem eira, nem beira
o homem se vai.

Um, diz que precisa;
a outra, fecha a porta.
Apenas parte
de um ódio que corta.

"Esmago, nem penso.
Todos iguais, tudo igual.
Falta-lhes bom senso!
Ou uma bela lição de moral!"

Mais um moralista ranzinza
que ninguém suporta.
Num livro, o encarte:
"Um soldado calhorda".


Por fim, a dura realidade.
"Não faz caridade", diz a verdade.
Moramos nessa cidade,
sem castidade, pura imoralidade.

Fragments II

Conchas na praia, um dia de chuva. Apenas aquele pequeno casebre, ínfimo refúgio.
Nada tem valor, nem o amor... aqui, você é um grão de areia, limitado ao destino que o vento impele à ti.
O catavento, teu amigo, sempre avisando quando o vento chega, pra onde o vento vai.
Sussurra pequenas sentenças, expira palavras sábias. Apenas ouça... apenas, ouça.
Num dia de sol, tua liberdade grita, e almeja possuir pernas para que possa percorrer mais do que a brisa de verão permite. Ninguém te limita, nada te limita... hoje.
Teu coração repleto de esperança, de uma fúria, de uma ira, tenta correr em direção ao céu e tua respiração fica... incomum. Um ar alegre que contorna o teu corpo, internamente, e refresca de luz.

Sempre olhando para o céu, teus olhos morrem no infinito, porém, finito.
Aquelas espumas no ar, aquele azul imenso e perdido...
O sol, alegre e brilhante, esquenta o meu corpo e alumia onde piso.

Ah, a moça do perfume inconfundível, do olhar cortante e do sorriso mais belo! Esse mar é tão pequeno pra ti, esse sol que morre de amores por ti... me chama, te clamo!
Mesmo que sejamos opostos... não quero possuir nada, pois tudo o que desejo, é estar ao teu lado.
Não desejo teu amor, pois isso é egoísmo. Pessoas não são objetos.
Serei um humilde cão, ao teu lado. Fiel e amável, mesmo que as tormentas da escuridão, consumam-me todos os dias, eu prometo: não falho contigo. E mesmo que falhe, não será de minha intenção... contudo, compensar-te-ei por minhas falhas.
Mora em meu coração, guardado por sete chaves, e cada uma é protegida pelo meu ser, minhas 7 essências.

A verdade é irrelevante à mim, nada mais me importa.
Agora, quero correr, atravessar esse deserto.
Meu suor, meu sorrir, enquanto fujo deste lugar.

... onde vou chegar?

Luta


Uma nostalgia recente, engole e devora meu corpo. Percorre veias, passeia pelos meus órgãos, e morre em meu peito.
Nessa "morte", sensações. Uma seguida da outra, dominando meu peito, de maneira atroz.
Uma é péssima. Como se eu engolisse uma laranja, e demorasse pra descer em minha garganta. Logo em seguida, os pêlos de minhas costas arrepiam-se, minha respiração fica pesada e meu pulmão aparenta estar repleto de cravos.
A outra é suavizadora, apenas. Um sentimento de liberdade, de amor, misturado com fúria e rancor. Sinto um alívio em meu peito, minha respiração fica mais leve, e uma sensação... de como se eu estivesse flutuando. Quando tudo acaba, sinto ódio. Ninguém em específico. Apenas ódio.

Se eu apagasse esses momentos bons, que remetem a esta nostalgia, melhoraria? Iria eu, me arrepender?

Muitas vezes, bons pensamentos, são corrompidos pelo meu ego. Não posso falhar desta vez.
Agora, quero controlar tudo. A besta, o ego, e o rapaz.
Minha consciência, meu corpo, minha alma, e minha mente. Tudo será alinhado, remetendo a apenas um propósito: vida.
Sempre reclamei da vida, mas, descobri que ela atrevia-se a me desafiar. Contudo, não posso entrar numa batalha, se meus aliados estão em conflito.
Não posso lutar contra um oceano, se minha alma pesa, se meu ego exerce ações antagônicas contra a besta, e o rapaz demonstra não se importar.
Um cavalo tentando atravessar um mar. Veloz na terra, porém limitado n'água.
Outros inimigos, outros obstáculos, e sua velocidade não ajuda.

É... bons momentos virão. Mais nostalgia.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Lamento Heróico


Todas as forças relutantes em meu corpo, resolveram dar uma trégua e sentir a contagiante alegria neste mundo, o qual eu repudiava, e ojerizava. Resolvi que iria ouvir as segundas palavras, que iria conseguir deitar minh'alma dolorida em grama macia, e que aumentaria minha sede emocional.
Desmontei a muralha em meu peito, apenas com meus punhos e canelas.
Luto nesta guerra com os pedaços da muralha, transformados em uma armadura... uma carapaça sórdida e amarga. Mas só serve em batalhas.

Minha face, não é múltipla... uso apenas uma máscara.

Continuo achando que dor, é pra fracos. Sofrimento, é uma alternativa, que os fracos conformistas escolhem.
Meu ódio e ego, são inerentes, infelizmente. O único amor... amor próprio. Esse, levarei até meu túmulo.

Um novo sabor para 2009.
O sabor divino, com tuas mãos celestiais, curando minhas feridas.
Pelo teu Sol, estrelas e Lua,


Obrigado, Deus.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Straight Focus

Ah, a liberdade...
movimentos precisos,
pensamento agitado,
tudo focado, e alinhado.

Um homem, um mundo
seus limites respeitados,
lição de vida, sideral.
Medos e obstáculos, superados.

Perfeição? Impossível?
Inexistente.
Viril e virtuoso,
fuga pela tangente.

Negaram possibilidades,
queimaram tuas raízes.
Homens resgatados,
frutos da tenacidade.

Capacidades e
resistência natural,
domina teus movimentos
persevera em teus argumentos.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O bom amigo


Era um daqueles dias, em que o tédio invadia e assolava meu ânimo, eis que, um velho amigo me convida para uma daquelas reuniões de "bons amigos". Sim, pois ali, um dos seus melhores amigos não vai com a cara do outro, que tenha picuinha com fulano, que fulano não gosta de ciclano e, por fim, sempre tem aquele rapaz metido a "Don Juan" com quem ninguém vai com a cara.
Enfim, sem titubear, fui. Já tinha me arrependido de aceitar tal convite, mas morrer de tédio não é solução.

Chego, aquele abraço de bons amigos (o anfitrião é costumeiramente um excelente amigo, contudo, intolerante a atrasos) e ele cobra:

_Pô, cara! Que demora, hein?
_Vim caminhando. Sem grana pra ônibus, diabetes... sabe como é. - respondi, com sorriso blasé e tom irônico.
_Continua o mesmo! Maluco! - dizia, e gargalhava.


Bem, num modesto gesto, acenei para os 3 presentes, apenas um rosto me era desconhecido, e cumprimentei a namorada do anfitrião (gente boníssima, só meio... excêntrica), e segui à mesa, para entrar nos jogos, papos e afins.
Clima de taverna medieval, todos comendo petiscos e falando besteiras nostálgicas, aquela zoeira dos dois que aparentam ter ódio mortal do desconhecido (ciúmes do amigo novo?), e até a namorada do anfitrião já havia se enturmado com os bárbaros famintos e insanos.
Papo vem, cerveja vai, todo mundo rindo sem problemas, até que o bom amigo sugere uma pizza, e requisita à mim:

_Faz um favor? Pega minha carteira na mochila ali, encostada?
_Sem problemas. - respondi, e tornei a procurar a carteira, na mochila encostada no canto do salão.

Achei a bendita carteira, mas estava junto de uns daqueles souvenirs de motel.
Eu fiquei pensando em tirar um sarro, mas resolvi guardar o comentário para outro momento mais propício (resumindo: que não fosse em frente a namorada do camarada).
Entreguei a carteira, e desci as escadas para buscar mais uma caixa de cerveja.
Subindo, vi que ele pediu ao desconhecido que buscasse algo na mochila (as chaves do carro, talvez) e o rapaz, todo serelepe, foi cambaleando até o destino.
Todos na mesa conversando, eis que um grito, meio embriagado, ecoa o salão:

_Ê! Marcião, tá comedor hein? - gritou, mostrando os "souvenirs de motel" (ok, ok... shampoos, e sabonetes, pra quem não sabe), como se fossem troféis de caça.

Olhei pro lado, a namorada dele fechou a cara (depois que eu fui saber... ela era virgem), levantou-se e desceu, direto à porta de saída.
A reunião acabou ali, o clima ficou chato, todo mundo foi embora... e o bom amigo, expulsando o desconhecido com tabefes e chutes, enquanto corria atrás da ex-namorada.

Confesso... assisti de longe, morrendo de rir.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Saudade


Trinca no peito,
respirar, dói
até esquecer.

Pé na estrada.
Quando volta?
Volta...?

Em sumo, todos
os momentos
os amigos,
comigo.

Ou tudo aquilo
que se foi,
não volta.

Pessoas e objetos,
hora ou dia,
nostalgia.

Silenciada a
brisa matinal,
bate na janela e consigo
traz a praia.

Eu vi,
ouvi
maior insanidade:
saudade.

Mais um dia


Não se lembra,
não te recordas.
Sol e chuva,
Lua e brisa.

Um som, um violão
surge o som,
morre um tom.
Perdão.

Chove chuva
catavento,
um tormento,
estou sedento.

Te solta, padece
sutil e enfadonho,
nada se parece,
com aquele sonho.

Se você quiser,
ainda danço com você.
Sob as nuvens,
e teu coração bate.

Animal sofrido,
besta selvagem.
Homem sórdido,
esperando que lhe salvem.

Este lugar, tão fechado
o caos peregrina,
mas a alegria cresce
e a sordidez, termina.

Menos correntes,
ego semi-morto
feliz, mais que feliz
um tonto.

Ah, mas agora...
agora, eu desejo.
Tudo vai mudar,
quem sabe, posso voar?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Fragments I

Uma virtude que ainda persigo... ou ao menos, tento.

Todos vêem uma imagem cética e colossal, como se fosse um abismo, ou uma garoa irritante.
Calmaria, mas a alma é perturbada. Um dom, acompanhado de desgraça.
Sempre assim.
Tudo parece porcelana, e o resultado é o mesmo.
Tão linda, tão frágil. Quebra-se, pra nunca mais... a vida.

Talvez, viver seja uma virtude à mim.
Levantar e seguir é um tormento.
E o mais irônico, é que desperdicei a morte diversas vezes, como se ela não existisse... ou como se tivessem pena de minha alma. Não é lucro.
Vivo com aqueles que amo, mas não posso mais ficar. Tudo se perde em minha vida, tudo o que amo, some. Não consigo mais criar apego por pessoas, pois meu destino torna-se mentira.
Não tenho rumo, percebi... se não posso chegar no fim tão rápido, então caminho lentamente.
Tropeçar não é necessariamente um erro mas, sim, um desvio de cursos.

Sou um poço de esperança alheia, que só porta decepção.
Ilusão? Só nos sonhos... se é que eles existem.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Alegria


Explosão alegre
cores corantes
todos sorrindo,
contagiantes.

O sórdido feliz
estava
nunca chorava,
felicidade, num chafariz.

Sorria, abria
a válvula de escape,
borbulhava de alegria
e o amor,
permitia.

Feito a janela,
aberta pela primeira vez;
feito um pássaro,
livre.

Alegria que explode,
que invade
meu corpo, repleto,
completo.