quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obstar o Obstáculo.


"Envolto em névoa esfumaçada, neste lugar remoto, perdido e lúgubre. Nada, além de meu próprio eco, e ruídos. Medo? Não. Este lugar é familiar. Nada há para se preocupar. Afinal, louco é aquele que te ataca em teu próprio território sem, ao menos, se preparar."

Um lugar novo, porém, antigo.
Sempre passava por ali nas idas, e nas minhas peregrinas voltas. Mas, nunca notei. Um obstáculo, que aos olhos, parece... simples. E na realidade, ele é.
Este é um daqueles momentos, em que, movido e tomado pelo desafio que me assola, resolvo aceitá-lo, e encará-lo, feito um homem. Sem regras, ou lutas... apenas passe-o, vença-o.
O limite, é meu corpo. Aquilo pode me ferir gravemente se eu errar; mas, se eu perseverar, e sobrepujar este desafio, me tornarei mais forte e confiante. Ainda mais.

"Um dia, alguém entrou ali. Explorou detalhadamente, e não encontrou nada que pudesse ser tomado, ou dito "de valor". Perguntou o que havia ali, e o que eu escondia. Aquilo era irrelevante. O tesouro não fica escondido, necessariamente, no baú.
Dentro deste mundo, há uma ilha; dentro desta ilha, há terra;
dentro desta terra, há um baú; dentro deste baú, há uma mensagem;
nesta mensagem, contém letras; o conteúdo destas letras, forma um segredo.
Irrelevante, porém, um segredo."


Talvez, eu o veja novamente, enquanto parto.
Mas, na volta, não me escapa.
Recuperando-me, ainda estou. Cicatrizes abertas, ferimentos que ainda dóem e sangram, e respiração fraca... quem se importa? É apenas dor. Dor, é opcional.
Meu objetivo, minha meta. Erro, ou vitória... tentarei.

"Milhões de formas, nenhuma preocupação.
De um homem que chamam "semcoração".
Um homem e teus poucos rostos.

É apenas uma máscara, enquanto ainda obsto."

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