segunda-feira, 27 de julho de 2009

Hit the coldbeat


Mais uma noite mal dormida, não recordo-me de sonhos ou pesadelos. Apenas, do frio me acordando durante a noite, fazendo-me pensar. Pensar e pensar.

A noite virou um quadro.

Sonoridade perfeita, cores e cores, sentindo o gosto do dia.
Dia gélido, porém nostálgico. Clima que apresenta-se, dando um bom dia com gotas de chuva. Deveria ficar irritado, porém, não é uma solução. Só problema.

Deveria achar uma saída, sim.
E achei.

O dia pretende correr, e eu pretendo me adequar.
Sem pássaros, apenas o som da chuva batendo na janela, a claridade invadindo meu quarto, e eu pensando em soluções alternativas. Havia dito que, todo problema tem solução, senão, não chamar-se-ia problema.
Problemas transformam. Transformam-se, e transformam-os.
Soluções, e experiência.

Nesse caso, subentendo "experiência", por "armadura", "anticorpo", "proteção". Aquilo que já te enganou, transforma-se em "inofensivo". Aquele que era incômodo, e de difícil manejo, torna-se "útil".
Quanto mais experiente, mais formosa e consistente é a tal "armadura".
O doce, pode vir a ser uma arma. E o amargo, um escudo.

Já dizia Georges Hébert: “Être et durer”

Awoke


Novos tempos, dias frios com notícias boas. Nada intrigante.

Nesses dias, caminhando em standby, não parava para momentos de reflexão. Sempre buscando a perfeição, sempre correndo atrás daquilo que me apetecia, de aspirações... mas não parei, nem pensei.
Me sentia grande, e isso, só me garantia mais passos. Não queria medir conquistas; queria, apenas, acumulá-las.

Por fim, tive que parar. O dia não colaborava, o tempo fechou, e fui obrigado a "me olhar".
Já vinham tempos em que me sentia pequeno, novamente. Ínfimo, perante meu ego.
Tormentas em minha mente, trovejando idéias. Equilibrando, e pesando. O ruim, e o bom.

"O bom de ser ruim, é que não te cobram pelas tuas críticas e pelo teu realismo exacerbado, e te glorificam em teus momentos de boas ações e pelas tuas conquistas."

Aquilo martelava e dilacerava. Isso, realmente, afundava.
Eu, não era eu. O olhar perturbado, sempre presente. Mas os pequenos, mais fracos, queriam estar ao meu lado. E eu permiti.

"Experiência de convivência. Nada demais. Você não está mais fraco. Eles querem a tua força, por isso te seguem."

O que realmente importa? Você está em dor, limitado, e ainda se esforça.
Pra quê? Por que? Seu objetivo perdeu o foco. Você se perde em sonhos, e desdenha daquilo que pode alcançar.

"Não. Meu desejo, é meu desejo. Meu objetivo é realista. Meu sonho é real, meus olhos se abrem, meu corpo se expande, e aquele realmente sou eu. Eu faço. Eu posso.
Almejo, e fadigo minhas pernas até o ponto que chamam de "final". E ainda é pouco."


E, por fim, aqueles que amo, podem fazer parte (completamente) de meu corpo e alma, ou desistirem de correr. O tempo machuca-os. E a dor deles, remete. Remete àquele que corre por um objetivo incerto. Mas, objetivo aquele, que faz meu desejo aumentar.

"Você escolhe. A sorte é esporádica."