domingo, 18 de janeiro de 2009

Dúvida Solar


É engraçado como muitas pessoas são carentes. Querem ouvir apenas o que lhes convém, e quando são contrariadas, fazem dramas e escarcéis desnecessários. Contudo, sequer pensam nos pensamentos dos outros.

Recordava-me, de uma época meio confusa/perturbada de minha vida. Época que poderia ter sido melhor aproveitada.
Minha ex-namorada, num daqueles momentos de drama, começou com perguntas chatas e irrelevantes.
Eu gostava dela. Quiçá, muito. Mas ela confundia meu "amor", com obrigação/satisfação própria.

_Lê, você me ama? - ela perguntou.
_Sim, muito. Sabe que não meço esforços quando você me pede as coisas.
_Mas, me ama mais do que tudo?
_Não.

A expressão dela mudou completamente. E ela perguntou:

_Como assim?
_Como assim, o quê?
_Você não gosta de mim?
_Gosto. Mas, meu amor próprio fala mais alto.
_Eu não sou importante?
_É. Eu protegeria-te, enquanto estivesse ao meu alcance. Porém, não morro por ninguém.
_Por quê?
_Porque a vida continua. Não basta eu te amar? Eu tenho que sofrer por você? Odeio isso. Pessoas não são objetos.

Ela caiu em prantos, ficou revoltada, mas entendeu meu ponto de vista. Não sou insensível, apenas, sincero.

Pode soar completamente egoísta, mas... se eu morro por alguém, quem irá dar continuidade a minha vida? Ninguém.
E a quem salvei? Um dia, a pessoa esquecer-se-á de que eu a salvei, e dará continuidade a sua própria vida.

Então, concluo; acima de tudo, eu sou o "protagonista" de minha vida. O protagonista, não pode morrer pelos coadjuvantes.
Os emocionais que me desculpem, sou um anti-herói.
Amar, é uma virtude. Não há exceções comigo. Amo incondicionalmente, se minha confiança for conquistada.
Mas não se iluda... a vida maltrata.

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