domingo, 21 de dezembro de 2008

Velhos passos, novos caminhos


Sigo reto, errante,
não sou perdulário, nem amante.

Horizonte, brinca
quebrando vasos e paradigmas,
separando jóias e arremessando pedras
de longe, a terra trinca.

O chão se abre.
O chão, abre
fendas imensas
cair? voar? Onde estão tuas asas?
Sangue nobre, usa teu sabre.

Quem contigo mexe,
te arremeda, perrengue, sem sangue.
Sem medo, não te zangues,
é praxe.

Nesse velho caminho
sigo.
A ermo, sem indicações te encontro,
meu amigo.

Nessa terra, que esquenta
que esfria, desalenta.
Tem raiva, sede de vingança,
essa terra, dança.

Traga aqueles que amo,
a ti, clamo.
Leve aqueles que apouco,
suplico.

Caminho sinuoso, caminho
velhos passos, novas trilhas
eu ando,
Sozinho.

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