sábado, 3 de maio de 2008

Últimos dias no paraíso


Estávamos sentados,no jardim de tua casa, como fazíamos em todas as tardes de sol.
Apenas olhava pra ti, e me perdia em teus olhos azuis.
Não falávamos.

Conseguia ver, exalando de ti, todos teus sentimentos naquele momento.
Era como se nos falássemos por um tipo de telepatia.
Mas não.
Era melhor, era como se eu sentisse você, e você me sentisse.

Dias e noites, de amores e risos.
Sinto tua falta.
Falta de ti, dos teus sorrisos, do teu rosto expressivo, e sua voz tenra.
De como me ouvia, de como me confortava.

Ainda lembro, da noite em que estávamos "assistindo" Casablanca.
Não me lembro do filme.
Lembro de ti, e de nossas conversas.
Lembro do "ti amo".
Lembro do "volim te".

O último adeus, por mais carinhoso que fosse, cortou-me como uma lâmina enferrujada, envenenada com algo que me secava e queimava por dentro.
Estou curado, porém, cicatrizes não somem.
Sentirei tua falta, por mais que tenha superado.

Sei que não quer que eu me sinta assim.
Implorou-me para não fazer isso.
Mas, o que posso fazer?

Quero que fique feliz, por mais que não seja comigo.
Não esqueça, ainda sou teu amigo.

πάντα

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