quarta-feira, 23 de julho de 2008

Auto-destruição


Perdido, numa noite a qual nada prometia.
Perdido, simplesmente por vontade própria.

Nada me obriga a voltar, ninguém me diz o que fazer.
Livre em minha mente, por alguns instantes.

Autocritico-me, sem relevar erros. Apenas ouço e compreendo.
Não quero ultrapassar limites, não quero derrubar portas, não quero destruir trancas.
Estão ali, estarão ali... minha curiosidade é pertinente à situação.

Mas, em momentos... um aperto.

Sensação de quase morte, uma alienação mortal.
Bocejos me alertam de uma possível fatalidade.
Não posso ceder, porém não tenho como lutar.

Pouco a pouco, minha visão fica turva, minha respiração fica alterada, e tremo.
Tremo, não do frio inexistente e nem do suor exagerado.
Tremo, não de medo, e nem de ansiedade.

Tremo, pois sinto a mão da morte em meu ombro, como se dissesse: -"Perdestes...em minhas mãos, estás por muitíssimo pouco.
É involuntário.

Porém, não me sinto nervoso. Poucas vezes, senti-me em pânico.
Não consigo falar e muito menos pensar.
Palavras saem distorcidas, minha visão fica limitada a borrões, e não consigo tomar simples decisões.
Recupero-me como posso, e aos poucos.

É como se não fosse eu.
Muitas vezes, não me recordo do que ocorreu.

Confesso, que muitas vezes tenho curiosidade em testar os limites.
Ver até onde posso ir, e quando posso voltar.

Juro.
É raro eu dizer: "Ajude-me!".
Sei que posso voltar sozinho, sei que não vou morrer.

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