Conchas na praia, um dia de chuva. Apenas aquele pequeno casebre, ínfimo refúgio.
Nada tem valor, nem o amor... aqui, você é um grão de areia, limitado ao destino que o vento impele à ti.
O catavento, teu amigo, sempre avisando quando o vento chega, pra onde o vento vai.
Sussurra pequenas sentenças, expira palavras sábias. Apenas ouça... apenas, ouça.
Num dia de sol, tua liberdade grita, e almeja possuir pernas para que possa percorrer mais do que a brisa de verão permite. Ninguém te limita, nada te limita... hoje.
Teu coração repleto de esperança, de uma fúria, de uma ira, tenta correr em direção ao céu e tua respiração fica... incomum. Um ar alegre que contorna o teu corpo, internamente, e refresca de luz.
Sempre olhando para o céu, teus olhos morrem no infinito, porém, finito.
Aquelas espumas no ar, aquele azul imenso e perdido...
O sol, alegre e brilhante, esquenta o meu corpo e alumia onde piso.
Ah, a moça do perfume inconfundível, do olhar cortante e do sorriso mais belo! Esse mar é tão pequeno pra ti, esse sol que morre de amores por ti... me chama, te clamo!
Mesmo que sejamos opostos... não quero possuir nada, pois tudo o que desejo, é estar ao teu lado.
Não desejo teu amor, pois isso é egoísmo. Pessoas não são objetos.
Serei um humilde cão, ao teu lado. Fiel e amável, mesmo que as tormentas da escuridão, consumam-me todos os dias, eu prometo: não falho contigo. E mesmo que falhe, não será de minha intenção... contudo, compensar-te-ei por minhas falhas.
Mora em meu coração, guardado por sete chaves, e cada uma é protegida pelo meu ser, minhas 7 essências.
A verdade é irrelevante à mim, nada mais me importa.
Agora, quero correr, atravessar esse deserto.
Meu suor, meu sorrir, enquanto fujo deste lugar.
... onde vou chegar?
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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