quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Ódio!? Desculpa.
Não, não é um espirro super pra frentex. Irei explicar melhor, logo abaixo.
Andei reparando como o "ódio" pode servir feito desculpa. As vezes, a serventia (ainda falando sobre desculpas) é mais ampla do que o "amor".
Veja bem, no auge dos seus 10 anos, quando você não quer visitar aquele parente intragável, e diz:
_Não quero ir! Odeio esse panaca... se eu pudesse, explodiria a cabeça dele!
Tudo bem, você não diria isso... mas eu disse. E funcionou. Foi uma sexta feira calma (exceto pela surra que eu levei a noite) e não fui forçado a fazer uma visita involuntária.
Odiar isso, odiar aquilo, odiar tudo... sempre funciona como desculpa para adiar preocupações pendentes.
Já amar, é quase a mesma coisa... só que o inverso. Raramente funciona.
Voltando ao exemplo do parente intragável:
_Ah, mas eu amo a minha casa! Amo meu dever de casa atrasado, e amo minha televisão! Estou lendo um livro! Deixe-me ficar em casa!
Não daria tão certo. Aliás, sequer funcionou. Tive que fazer a visita, passei vergonha, passei raiva, e ainda apanhei no final do dia (dever de casa atrasado... onde eu estava com a cabeça? pff).
Um bônus do "ódio". Sim, "ódio" (entre aspas). Você não precisa odiar, apenas "represente" seu pseudo-repúdio, e tudo ficará certo. Nem tudo... mas a diversão está na parte do "sucesso na persuasão".
Pode ser aquele "ódio" sutil, quase
_Vamos na casa de fulano?
_Ah, tenho que fazer umas coisas antes, e odiaria chegar atrasado.
_Tudo bem, então.
Ou mais hostil:
_Vamos na casa de fulano?
_Ah, mas eu ODEIO esse imbecil!
_Tá bem, então.
Enfim, é algo, digamos... relativo. Varia pra cada momento, pessoa, e lugar.
Ah, e outro conselho: "odiar", não funciona contra discursos "pre-made".
Contra o atendente de telemarketing, contra o jovem pastor daquela igreja que abriu em frente a sua casa, contra o drogado que está te assaltando, e tampouco contra aquele seu amigo mala.
Oh, mas você puritano(a) e conservador(a), deve estar se perguntando:"Mas isso não é mentir?".
Mas é claro... que não. Você está apenas expressando sua vontade, de uma maneira bem exagerada. E, na atual sociedade, as pessoas só prestam atenção nos grandes feitos (sejam eles celestiais, ou BEM GROTESCOS). Quase não há surpresas.
Logo mais, defenestrar, transforma-se em um esporte. Tá aí um esporte que eu adoriaria acompanhar pela TV.
Vôlei? Copa do mundo? Fórmula 1? Pff.
O negócio, é ver os argentinos, chineses e etíopes, sendo arremessados por através das janelas de um edifício.
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