terça-feira, 2 de setembro de 2008

Âmago da esperança


Perseguição, persuasão.

Como se estivesse numa multidão de pessoas vestidas inteiramente da cor branca, eu vestisse as cores pretas.
Eles fingem não ver, mas comentam algo entre si, fitando-me.

Quem sabe?
Podem não estar comentando nada, podem estar apenas contemplando.

Mas... não sei.
Acho ridículo e digno da barbárie, ser agressivo gratuitamente.
Não posso acusá-los.

Não ligo que falem mal de mim.
Desde que, aquilo não me afete diretamente.
Não bata em minha porta, não entre sem permissão.

Prefiro que falem sem que eu os veja, assim não me dou ao luxo de responder.
O problema é de vocês. Sou, porque sou, e dificilmente irei mudar minha personalidade.
Eu tenho. Eu posso.

Vivo entre extremos.
Não porque sou radical. Não por opção.
Mas porque é necessário.

Ser um imbecil alienado, não irá lhe trazer bens.
Terá sua vida medíocre, com pensamentos medíocres, vivendo num quadrado medíocre.

Quero expandir, quero "ser" o mundo, sentir a liberdade.
Não quero poder, não quero mandar.
Quero a liberdade, e vou lutar para conquistá-la.

Não a sua liberdade, aquela que construistes mentalmente.
Quero a minha liberdade.

Ver o mar, sentar sem compromisso;
deitar sobre a grama, e apreciar as nuvens desenhadas no céu.

Será tudo isso real?
Coincidências existem?
Por que as pessoas não conseguem ver? Todos vivem num mundo cinza...

Jogo, e vejo o medo nos olhos dos que opõem-se.

Como esse ar é bom.
O calor do sol em minha pele, a brisa de verão.

Não existe sossego a todo momento.
Não existe eternidade, enquanto vivos.
Não existe "pra sempre".

Não viverei de tormentas.
Luto contra o vento violento.

Alegre.
Quero abrir meu peito.
Serei o rei de meu mundo.
Os sinos
Subir no monte mais alto, visão ampla.
Trilhas e caminhos, nadar até o outro lado.

Ó, Liberdade!

A morte e seus amigos.

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