terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Impagável
Nostalgia inc.
Andei revendo meus conceitos, replanejando, e revangloriando-me de atos.
Mas... sabe? Tenho "vácuos" em minha vida.
Pedaços que parecem faltar. Penhascos.
"Alguém me viu em casa? Nada do meu interesse, nada que me importe... tentei pôr no fogo, mas só alimentei as chamas."
É sério.
Imagino que muitas das coisas que eu poderia ter feito, coisas que me foram impelidas, mas que eu, por algum motivo esdrúxulo, perdi... perdi aqueles momentos.
Passaram, feito a brisa de única de verão, naquele teu primeiro romance.
Você nunca mais a sentirá, se não parar pra sentí-la, para vivê-la.
Tenho pouco tempo, sinto isso. Não é premonição ou sexto sentido, é apenas um realismo sensato.
"Hora ou outra, morre."
Sinto (talvez porque tenha descoberto cedo demais) que aqueles a minha volta, parecem estúpidos. Evanescem, desfalecem, morrem, derretem... por futilidades.
Eu sei que ainda vou sofrer, talvez, novamente. Mas eu sei... isso nos difere.
Não sinto dependências. Minha diversão está justamente naquilo que as pessoas ojerizam, ou repudiam. Seja moralmente, ou fisicamente.
"Imagine como quiser. Realmente, não importa."
Passa por através do dia, e nunca vai embora. Não, não confio em ti. Perdão.
Nós, achamos. Mas, internamente, tenho certeza... não é paranóia.
Vejo com estes olhos, mas refletem numa análise sensata e realista, processada cuidadosamente.
Exatas? Pff.
Sério... tenho dó.
Espero que um dia vejam aquilo que não posso contar. Não posso, e é impossível. Completamente fora de cogitação.
"Under my skin.
Resistance.
This prison."
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