segunda-feira, 20 de abril de 2009
Scars
Houve uma trajetória. Finalmente consegui ver. E crer.
Perguntas, conclusões, erros, acertos... tão simples, tão relativo. Um novo ser.
Eu fui torturado, massacrado, e aquilo parecia não ter fim.
O sol brilhava menos pra mim. A dor era tanta, que não dava pra ter medo, e nem entristecer.
E não havia compreensão. E talvez nem haja. Todos adoram julgar. Adoram "medir" dor.
Parecia que eu estava escalando, com pesos nas costas. Pesos os quais eu não conseguia tirar, e que consumiam minha energias facilmente, com o intuito de me derrubar.
Mas, não. Absorvia até minha última gota vital, mas ainda tinha disposição pra aguentar a dor, e persistir na escalada.
E aquela dor, tornou-se força. A força, tornou-se sabedoria.
Pequenos momentos de glória, vários momentos esquecidos/de esquecimento, muitos pontos onde descobri fraquezas, assim, superando-as.
Perdi muitas coisas. Isolei-me em uma ilha mental. Tentei ser extremista socialmente.
Experimentei prazeres que, no fim, trouxeram dor, ou não significaram nada.
Perdi pessoas, e talvez ainda esteja perdendo-as.
Pois, agora vejo.
Vejo minha trajetória, como uma dinamite.
Faz-se um longo caminho de álcool, até a ponta do pavio. Nesse caminho, há vento, há chuva, há pseudo-justiceiros, fazendo de tudo para o fogo ser apagado.
O fogo acende o pavio, que também é longo. Um longo caminho traçado em direção a dinamite, pronta para explodir.
As chances de falhar, são tão grandes, quanto o estrago que a bomba fará...
Escrevo isso, não porquê eu me importe.
Mas, pra lembrar de detalhes que eu sempre deixo passar.
Rever erros, lembrar de situações, comemorar glórias, me ver num espelho, para nunca... nunca repetir os mesmos erros.
Perto de chegar ao pavio, não posso falhar.
Recomeçar, não faz parte de meus planos.
Não faz sentido...
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