sábado, 1 de novembro de 2008
Crônico
O Piano não cessa.
Pelo contrário.
Melodia agressiva e sinistra, nada parece pertencer àquele tempo, àquele momento.
Nem roupas, nem o modo de pensar, nem a música.
Tudo errado.
Não pertence. Não deve. Não sente.
As pessoas não deveriam estar alí, as pessoas que deveriam estar mortas.
E tudo cai, feito louça frágil, no solo "firme e rígido".
Quebra, quebra, quebra.
Delícia!
Tanto tempo que o caos não me dá prazer, e a vontade de destruir surge.
Grita de desespero, e agoniza por algo que não existe...
Dor psicológica, morte cerebral.
A torre de sal no mar, destruída lentamente.
Entra em curto, e a gargalhada gutural, maliciosa, paira por sobre o ar.
Não devia estar aqui.
Não deviam estar aqui.
Eu.
Não devia estar aqui.
Anacronismo? Ostracismo.
Solitude? Solidão?
Posso escolher?
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Um comentário:
Ja falei que qnd lançar seu livro,vou comprar.
expressivo,direto...
"As pessoas não deveriam estar alí, as pessoas que deveriam estar mortas."
(Amei essa parte)
Bjs
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