quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Rumos


Cinza, gelado, péssimo.

E eu aqui... parado.

O guerreiro da fronte, que aguenta todos os golpes primários.
Aquele, que é capturado pelos inimigos, e dado como morto pelos companheiros... o pobre diabo.
Escapa, com as piores condições. Descalço num pântano mais venenoso do que um exército de Taipans.
Sobrevive... dado como morto pelos inimigos, e os companheiros chamam-no de desertor.

Tantas coisas, e aquele guerreiro vê, que não é um inútil. Tua vida tem propósitos.

"Pra onde ir? Com quem falar?
O quê falar? Por que?"

- Maldição... de que me adianta o dom e a habilidade, se oportunidades não surgem? - indagava.
- Talvez, alguém não queira que você morra... - respondia, sua Consciência.
- Mas quer que eu sofra, também. - retrucava.

Não podes procurar por verdades, pois necessita de um mínimo de oportunidade.
Descobristes as trevas, e parte do paraíso. Cumprirás tais tarefas que lhe foram impelidas?

- Não. Não mais irei viver pelos outros. - respondia, decidido.
- Então, que assim seja! Sigamos! - dizia a Consciência, alegre.

A verdade não importa.
Valores não importam.
Viva cada momento de glória e felicidade, para que a nostalgia valha a pena, guerreiro.

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