quinta-feira, 9 de outubro de 2008

The Edge


Mais uma vez. Outro dia.

Som baixo, a voz escorrida... tudo é tão triste.
Segredos, mentiras, e falsidades.
Uma pena. E o dedo, em riste.

Não é uma questão de dividir.
Estou respirando pó de vidro.
Liberdade? Ir e vir?
Pode ser. Marque para amanhã, não estou me divertindo.

Hoje não estou. Hoje, não sou.
Estamos feridos... Eu e eu.
Respirar cansa, e cansar, dói.

Me seguram... não quero.
Deixe-me pular novamente desse penhasco, de peito, em direção àquelas estalagmites.
Tuas mãos, tão tenras; teu toque, tão suave.
Essa sedução. Essa maldição.
Não há melodia, não há ave.
Não procurei, e caí num alçapão.

Ah, que preguiça.
Quero ficar caído aqui, sangrando.
Preguiça de agonizar, preguiça de levantar.

Deixe a maré me empurrar...


... até ela cansar.

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