sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ahhh... ninguém é de ferro!


Por mais que, sempre haverá um tentando estorvar;
Por mais que, meus planos desabem;
Por mais que, eu lute, sabendo que irei perder.

Eu estou feliz.
Sim! Estufar o peito, e dizer, convicto, que sei o que é felicidade.
A minha felicidade.

Companheiros, que não deixam a desejar.
Alguns planos que desabam em cadeia, mas surgem outros, tão amplos.
A música, não é mais tão triste. Estamos felizes.

Segure em minha mão, e vamos!
Aproveite, pois este vôo não dura muito!
Por alguma razão, a qual não sei explicar... a realidade já não dói mais.

Ouça os sinos baterem.
O som é nostálgico, mas eu gosto muito do som.

Ahhh, a paz...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Âmago da esperança


Perseguição, persuasão.

Como se estivesse numa multidão de pessoas vestidas inteiramente da cor branca, eu vestisse as cores pretas.
Eles fingem não ver, mas comentam algo entre si, fitando-me.

Quem sabe?
Podem não estar comentando nada, podem estar apenas contemplando.

Mas... não sei.
Acho ridículo e digno da barbárie, ser agressivo gratuitamente.
Não posso acusá-los.

Não ligo que falem mal de mim.
Desde que, aquilo não me afete diretamente.
Não bata em minha porta, não entre sem permissão.

Prefiro que falem sem que eu os veja, assim não me dou ao luxo de responder.
O problema é de vocês. Sou, porque sou, e dificilmente irei mudar minha personalidade.
Eu tenho. Eu posso.

Vivo entre extremos.
Não porque sou radical. Não por opção.
Mas porque é necessário.

Ser um imbecil alienado, não irá lhe trazer bens.
Terá sua vida medíocre, com pensamentos medíocres, vivendo num quadrado medíocre.

Quero expandir, quero "ser" o mundo, sentir a liberdade.
Não quero poder, não quero mandar.
Quero a liberdade, e vou lutar para conquistá-la.

Não a sua liberdade, aquela que construistes mentalmente.
Quero a minha liberdade.

Ver o mar, sentar sem compromisso;
deitar sobre a grama, e apreciar as nuvens desenhadas no céu.

Será tudo isso real?
Coincidências existem?
Por que as pessoas não conseguem ver? Todos vivem num mundo cinza...

Jogo, e vejo o medo nos olhos dos que opõem-se.

Como esse ar é bom.
O calor do sol em minha pele, a brisa de verão.

Não existe sossego a todo momento.
Não existe eternidade, enquanto vivos.
Não existe "pra sempre".

Não viverei de tormentas.
Luto contra o vento violento.

Alegre.
Quero abrir meu peito.
Serei o rei de meu mundo.
Os sinos
Subir no monte mais alto, visão ampla.
Trilhas e caminhos, nadar até o outro lado.

Ó, Liberdade!

A morte e seus amigos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Na medida do possível


Bom.

Nem divinamente, nem bestialmente.
Apenas, "bom".

Na medida correta.
Nem muito, para não agir estupidamente;
Nem pouco, para não ficar sem ação.

"Oi, não me consuma.
Estou bem, então evite conflitos"

Expressão blasé, um sorriso - de leve - no canto da boca, e aquele jeito irônico impagável.
Não... dessa vez, fui eu.

"Iremos trilhar um longo caminho.
Poupe seu fôlego, e cale-se."

Não quero ser rude, mas, deviam falar somente o necessário.
Ultimamente, tenho dispensado tantos comentários... você não notou, e nem notará.

"Don't waste your time." ;)

domingo, 24 de agosto de 2008

Besta-fera


Às vezes, sinto como se tivesse uma besta dentro de mim.
Em minha essência e alma.

Mas, eu sou a jaula que prende tal besta.
Contenho-a, e alimento-a.
Tudo depende do que faço, como faço e porquê faço.

Preciso gastar minhas energias, preciso soltar a besta.
Em meu momento de liberdade, a besta é solta. Age como um cordeiro, enquanto alegra-se pelo fato de estar livre.

Mas há momentos... momentos, em que a situação sai de meu controle.

Há momentos em que, ódio e agonia, são como cicatrizes reabertas.
A besta furiosa, foge da jaula.
E ataca a todos, por mais que seu intuito seja apenas "fugir" daquilo que lhe fere.

Quer, apenas um momento.
Quer, sentir a brisa da liberdade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Noite esfumaçada...


Chego, mais uma vez, ao final do dia.
Cansado, talvez arrependido, talvez feliz... mas rindo.
Numa noite esfumaçada, e eu nem sentia.
Cego, tolo, e surdo... mas rindo.

Ha, ha, ha...
Ha, ha, ha, ha!
"Mais feliz!", quem dirá?
"O que houve e o que há!"

Num bate-som, meio oco
Espanto o que chamam de tristeza.
Ainda estou rindo, e quase levo um soco!

Nessa noite esfumaçada.

Rindo das tolices.
Das minhas e das tuas!
Como somos tolos! Em gênero e espécie!
Meio tonto, tropeçando nessas ruas.

Ria também... ria, para não entristecer.
Os velhos voltando, aqueles que haviam sumido, voltaram!
Todos riem, falam alto e sorriem!
Riem das tolices, dizem tolices, e são felizes.
Rimos, dessa noite esfumaçada.

Fui feliz, volto a ser feliz... convosco!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Reviravolta no final do dia... e triste.


Corro atrás de minha meta, almejando apenas alcançar parte desse objetivo.

A perfeição de uma paisagem repleta de rosas, e com um odor doce, espinhos ferem-me.
Quem planta-as, aconselha-me. Não ouço... perdão.
A pressa comprime meus ouvidos.

Os cortes e arranhões já estavam alí. De um segredo passado e perturbado.
Perco pelo cansaço... não choro, não desisto.
Chegarei atrasado.
Se tiver tempo, me espere.

Caso contrário, seguirei sozinho... como sempre.
É sempre minha culpa.

Uma chuva de mentiras.
Contenho as lágrimas em meus olhos.
Secam.
Amargura cortante... não consigo.
Queria te pedir perdão, queria poder curvar-me.
Mas não consigo... não consigo.
Não saberei o que dizer, não serei eu...

Quem confiou à mim, em mim, por mim.
Não sei mais o que dizer a vocês.
Não quero que esvaiam em minha mente.
Não quero perder as lembranças boas, os risos, as tristezas divididas.

Sou tomado por um orgulho que me destrói pouco a pouco.
Sinto que irei morrer disso, por isso.

"A noite abre sua capa
O nome da criança é solidão
Está gelada e imóvel
Eu choro suavemente no tempo
Eu não sei qual é seu nome
Mas eu sei que você existe
Eu sei que qualquer dia
Alguém irá me amar "

Tarde demais.
Mais uma em que perco.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Clave de chuva


Céu cinza, e uma leve garoa.
Melodia e harmonia encontram-se.

Por mais que o tempo corra, estou disposto a ouvir uma última canção.
O piano toca, mostrando trilhas e caminhos.

É como um soneto.

Sigo, sem sinais.
E a última canção, pára.

Uma nova oportunidade surge, diante de uma chuva de ácido.

Torçam por mim... odeio chuva.