segunda-feira, 14 de julho de 2008

Past/Pest


Sofri em lembrar.
No começo, era fácil.
Apenas fácil. Não muito, porém fácil.

Havia assistência...era ótimo.
Essa assistência, vivia comigo, e me ajudava a todo momento.

O tempo passou, e levou com ele, parte da vitalidade de minha assistência.
Logo, comecei a compreender e fortalecer-me aos poucos.
Ensinaram-me, parte do que podia ou não, fazer.
Fugia para um caminho, e alí julgaram-me por rebeldia.
Era açoitado toda vez que cometesse uma quebra de regras.

Aprendi a persistir.
Não tardo a dizer, que o número de açoites era cada vez maior.
E também, que aos poucos minha assistência esvaía-se.

E o tempo corria.
Compreensão. Foi aí que assinei um tratado para ser martirizado.
Descobri, que o certo era errado;e que o grande era pequeno.

Perdi noites, tardes, amigos, amores, viagens...enfim, lutas.
Batalhas, de uma guerra eterna, chamada "vida".
Minha sede por um tipo de conhecimento, aumentava.
Porém, minha assistência não supria os gastos, e tive que correr atrás de minhas vontades, sozinho.
"Eu não sou especial", dizia.

A sociedade, era burra e ignorante.
Porém, a mesma criava regras... estúpidas e sem escrúpulos.
Nisso, fugi de minha assistência.
Não era mais açoitado, e sim, penalizado.

O tempo passou, e passou.
O carrasco, perde sua máscara.

Impeliam-me de fazer cada vez mais.
Eles chamavam de "impossível".
E eu os superei.
Realmente...não há chance para erros.

Minha assistência virou minha amiga.
Eventualmente, nos falamos.

Cortes e cicatrizes, que voltam periodicamente.
Porém, sempre que voltam, cortes e cicatrizes transformam-se em calos.
E cada vez mais, dói menos.

Eu procurava onde minhas mãos deveriam estar.
E elas não estavam.
Qualquer um é capaz.
Eles não acreditam.

Desejo de amar, medo de meu ego.
Não sei arriscar.
Quando se é frio e calculista, arriscar é para tolos.
Meticulosamente calculados.

Não me lembro de amar.
Parece uma regressão.

Um mundo feito de escolhas.
Mas como disse:eu não sou especial.
Qualquer um pode.
Basta saber qual caminho seguir.

Um comentário:

Anônima disse...

Qualquer um pode, até você. ;)