segunda-feira, 26 de maio de 2008
Estrada Sonífera
Tentei imaginar...e se, aos poucos, saísse da realidade e fosse para um sonho.
Sim, um sonho.
Não um sonho de consumo, um sonho profissional, um sonho "material".
Mas... um sonho.
Exemplificarei.
Então, saí com apenas minha mochila. Levei apenas, o real necessário.
Saí da cidade movimentada, e sentia que não havia uma direção certa,como um mapa.
Apenas segui...
Chego em uma estrada.
Sigo e aceno, pedindo carona, sem esperanças.
Percebo que, quanto mais ando, menos familiar fica o local.
Uma caminhonete velha, pára. O motorista é um senhor de idade, que aparenta ser simpático.
Ele apenas gesticula, apontando a parte traseira da caminhonete.
Parte.
Tudo é tão lento, e ao mesmo tempo tão belo.
A paisagem, aos poucos vai mudando.
Uma paisagem rural, e vê-se apenas pastos, sítios e plantações.
O sol, o formato das nuvens, a leve brisa que movimenta a vegetação, como um sopro tenro.
O ar, o cheiro, tudo tão puro e leve, assim como a perfeição.
O lugar começa a ficar cada vez mais "rústico"... um cenário que mais parece com uma vila medieval.
O bom homem pára. Agradeço-lhe pela carona, e desço, a fim de conhecer o local.
Passo um bom tempo apenas apreciando o local e as pessoas.
Fogueiras, o cheiro de bolo caseiro, o lugar simples e pequeno.
Se olhar de uma ponta, consigo ver a vila completamente, de tão pequena.
Tudo é tão natural... mas logo, a realidade começa a arranhar minha imaginação, e tudo começa a ficar mais tedioso e cansativo.
Pego uma carona, com um fazendeiro local, que pouco fala.
O caminho parece ser mais curto, e assim chegamos a cidade podre, e cinza.
Viro para agradecer-lhe pela carona, mas a caminhonete havia sumido de meu raio de visão.
É...e então, a realidade me recebe com socos e pontapés, novamente.
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