sábado, 31 de maio de 2008

Simplicidade


Esses dias, estava numa discussão sobre como tudo poderia e pode ser... simples.
Sim! Simples.
Temos necessidades básicas que poderíamos contar nos dedos.

Exemplo? Ok!
Você me diz:
-Estou com fome!
Responderei:
-Ora, apenas vá e alimente-se!
Se você seguir meu conselho, e apenas for comer, sem pensar no que, porque, e onde...tudo ficou mais simples.

Caso contrário...

-Comer o que?

...já complicou.

Sim! Pode parecer ridículo.
Mas são essas indagações, que fazem com que surjam questionamentos, em cima de questionamentos, até criarmos subcategorias... daí, adeus para toda, e qualquer simplicidade.

Bem, tudo é simples.
Nós que temos a necessidade de complicar as coisas.
Por mais que seja impossível vivermos irracionalmente, contentando-se com a simplicidade, podemos amenizar complexos.

Como?
Viva simples, seja simples.

Fica a dica. ;)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Estrada Sonífera


Tentei imaginar...e se, aos poucos, saísse da realidade e fosse para um sonho.
Sim, um sonho.
Não um sonho de consumo, um sonho profissional, um sonho "material".
Mas... um sonho.

Exemplificarei.


Então, saí com apenas minha mochila. Levei apenas, o real necessário.
Saí da cidade movimentada, e sentia que não havia uma direção certa,como um mapa.
Apenas segui...
Chego em uma estrada.
Sigo e aceno, pedindo carona, sem esperanças.

Percebo que, quanto mais ando, menos familiar fica o local.
Uma caminhonete velha, pára. O motorista é um senhor de idade, que aparenta ser simpático.
Ele apenas gesticula, apontando a parte traseira da caminhonete.

Parte.
Tudo é tão lento, e ao mesmo tempo tão belo.
A paisagem, aos poucos vai mudando.
Uma paisagem rural, e vê-se apenas pastos, sítios e plantações.

O sol, o formato das nuvens, a leve brisa que movimenta a vegetação, como um sopro tenro.
O ar, o cheiro, tudo tão puro e leve, assim como a perfeição.

O lugar começa a ficar cada vez mais "rústico"... um cenário que mais parece com uma vila medieval.
O bom homem pára. Agradeço-lhe pela carona, e desço, a fim de conhecer o local.
Passo um bom tempo apenas apreciando o local e as pessoas.

Fogueiras, o cheiro de bolo caseiro, o lugar simples e pequeno.
Se olhar de uma ponta, consigo ver a vila completamente, de tão pequena.
Tudo é tão natural... mas logo, a realidade começa a arranhar minha imaginação, e tudo começa a ficar mais tedioso e cansativo.

Pego uma carona, com um fazendeiro local, que pouco fala.
O caminho parece ser mais curto, e assim chegamos a cidade podre, e cinza.
Viro para agradecer-lhe pela carona, mas a caminhonete havia sumido de meu raio de visão.

É...e então, a realidade me recebe com socos e pontapés, novamente.

sábado, 24 de maio de 2008

Salva-te


Algo, que não é mais algo.
E então, fomos.
Pra que chegar? Por que a pressa?
Quando o que lhe resta, são apenas metas;
E o que realmente importa, é estar vivo.

Lute, quando necessário.
Fugir, não é covardia.
Fuja, para lutar outro dia. Isso é sensatez, e não vergonha.

Que venha a eternidade! Que dure, enquanto durar...
Apenas somos.
Enquanto, ainda somos.
Sejamos.

Porque, conhecemo-nos.
E a morte, não permite voltas.

Que teu corpo envelheça, mas,que tua alma rejuvenesça.
Não tema.
Viva de vida, não morra de espírito.

Que seja.

domingo, 11 de maio de 2008

Febre de 1000 graus


Vil.
Uns são mais que outros, porém ,todos são.
Sim... descobrimos pelos sinais, e experiências.
É incrível, o prazer que muitos tem em defasar a vida de outros.

São como os demônios,só que os "mais vís", consequentemente, são mais burros.
Tramóias, armadilhas, jogos que revertem-se.
Mas, por que?
Oras, pela preguiça, afinal, os mesmos são da raça humana.


Nada ainda?
Armadilhas...
Pois então, pense, e imagine:
Tentarás com uma de urso... que seja.
Se estiver mal armada, as chances do alvo fugir aumentam.

Os vis são isso.
Erram a todo momento, mas de qualquer modo, estressam-te.
Por que?
Inveja? Ciúme possessivo? Ódio?
Sabe Deus...

domingo, 4 de maio de 2008

Hipnose demoníaca


Chute.
Chute-os.
Não possibilite aproximações, não fite seus olhos.
Só querem te agarrar, te controlar.

Logo mais, espere pelas piores torturas.
Não permita.

Enquanto senta, e aprecia teu whisky, eles apenas vigiam-te.
Enquanto apenas vive, eles planejam tua queda.

É um transe profundo, uma hipnose que dura anos... quase como um coma.
Atrapalham-te, fazendo tropeçar à todo momento.
Jogam iscas, forjam amizades, emitem sinais falsos.

O buraco é tão profundo que, só o tempo do tombo, dura 3 eternidades.
Para sair, escala sem apetrechos,gastando tuas mãos e criando calos em teus pés descalços.
Enquanto os demônios, riem.Vendo-te sofrer, e cair a cada vacilo.

Até que, dão-te por morto, e partem.

Continua subindo.
Ouve canções encorajadoras, pensa com a mente, e seu corpo fortalece-se.

Até que, vê o clarão.
Faz-te subir, mais e mais.

Liberdade, enfim.

Quando sai, não reconhece a ti mesmo.
Corpo repleto de cicatrizes, teu rosto expressa cansaço.

É... mais uma batalha vencida.

Enquanto ainda resta


Sinos ao fundo.
Não é um casamento, não é uma cerimônia.

Apenas mais um dia em que a melodia do piano está agradável.
A mistura, e sincronia das notas, é como uma amizade de velhos amigos.
É bela, é linda de se ouvir. O pássaro em cima do piano, alegra-se.
Acompanha a canção com seu canto... tudo fica em sintonia.

A vida toca o piano, que não pensa em cessar.
Mesmo, sabendo que os ventos da liberdade, levam e trazem.
Notícias, cheiros, intuições, amores, e horrores.

Teu som é belo.
Aproveite enquanto está afinado.

sábado, 3 de maio de 2008

Últimos dias no paraíso


Estávamos sentados,no jardim de tua casa, como fazíamos em todas as tardes de sol.
Apenas olhava pra ti, e me perdia em teus olhos azuis.
Não falávamos.

Conseguia ver, exalando de ti, todos teus sentimentos naquele momento.
Era como se nos falássemos por um tipo de telepatia.
Mas não.
Era melhor, era como se eu sentisse você, e você me sentisse.

Dias e noites, de amores e risos.
Sinto tua falta.
Falta de ti, dos teus sorrisos, do teu rosto expressivo, e sua voz tenra.
De como me ouvia, de como me confortava.

Ainda lembro, da noite em que estávamos "assistindo" Casablanca.
Não me lembro do filme.
Lembro de ti, e de nossas conversas.
Lembro do "ti amo".
Lembro do "volim te".

O último adeus, por mais carinhoso que fosse, cortou-me como uma lâmina enferrujada, envenenada com algo que me secava e queimava por dentro.
Estou curado, porém, cicatrizes não somem.
Sentirei tua falta, por mais que tenha superado.

Sei que não quer que eu me sinta assim.
Implorou-me para não fazer isso.
Mas, o que posso fazer?

Quero que fique feliz, por mais que não seja comigo.
Não esqueça, ainda sou teu amigo.

πάντα

Podridão e fome


Incrível como,meus dias saem ótimos e no fim, estou estragado.
É! Estragado!
Tenho uma overdose de felicidade, e por fim, termino mal humorado, triste, e louco.

O mais engraçado é que, eu suporto tal sentimento.
Sim! Apenas um, que faz esse acúmulo de "outros".
Sei que virá, sei que posso evitá-lo, e lutar contra o mesmo... porém, meu corpo, mente, e alma, abrem um pequeno espaço pedindo para "experimentar".
E logo viciam, pedindo mais e mais.
Meu corpo, é drenado. Logo, o cansaço aparece.
Minha mente, é apunhalada, e não consigo enxergar a minha volta.
Minha'lma vanesce, e é levada pelo vento da tristeza.

Pedem por mais.

Meu auto-controle dá um basta, e o bom senso parte com todas as armas possuídas.
Interrogam corpo, mente enquanto buscam a alma.

Admitem... falta-lhes compreensão, e companhia.

Algo, além de apenas ouvir.
Que fale, e conforte.
Pobres... lhes falta senso de realidade.

Crua, fria, escura.
Porém, real.

Termino, com um suspiro vindo das visceras, que mais parece um soco.